ESG sem Ensaio, publicado no Jornal A Tribuna (19/12), o destaque foi claro: a COP30 em Belém (PA) mostrou que não basta debater — é hora de agir!
A Conferência do Clima da ONU, a COP30, realizada no mês passado em Belém (PA), deixou um recado claro: é hora de transformar discursos em ações. O encontro reforçou que tanto o setor privado quanto o poder público e os cidadãos comuns têm responsabilidades diretas na construção de um futuro sustentável.
Para o professor da Unifesp, Ronaldo Christofoletti, presente na conferência, o setor privado precisa assumir protagonismo na redução das emissões de gases de efeito estufa. “Independentemente de legislação, as empresas já devem rever seus processos e investir em energias renováveis. Essa transição mexe no lucro, mas é uma responsabilidade enorme”, afirmou.
O diretor executivo do Instituto Via Green, Conrado Bertoluzzi, destacou que as mudanças climáticas já moldam o cotidiano da população. “Quem pega ônibus cedo, depende da chuva para plantar ou sofre com enchentes sente diretamente os impactos. A COP30 mostrou que soluções existem e já estão em prática, como energia limpa, bioeconomia amazônica e reciclagem eficiente”, disse. Para ele, a economia verde não é conceito, mas oportunidade real de emprego e renda.
Na visão do coordenador regional da Baixada Santista do Movimento Nacional ODS SP, Fábio Tatsubô, o desafio é integrar a sustentabilidade às estratégias locais. “As ações nos territórios e municípios são fundamentais para atingir as metas globais da Agenda 2030. Consumo consciente, gestão de resíduos e economia circular precisam ser estimulados”, afirmou.
O encontro também reforçou que o mercado internacional não aceita mais negócios que ignorem o clima. Empresas que desejam exportar ou atrair investimentos terão de medir emissões, reduzir impactos e garantir rastreabilidade. Mais do que um evento, a COP30 simbolizou a volta do Brasil ao centro da agenda climática mundial — não apenas pelo discurso, mas pela responsabilidade assumida.



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