O principal evento de saúde pública de Santos, a Semana David Capistrano que será realizada de 11 a 14 de novembro, na Universidade São Judas (Rua Comendador Martins, 52 – Vila Mathias).
O evento tem como tema central Verbalizando a Saúde: Fazejamento e pensação na construção do SUS, com os subtemas Alimentar, Cuidar, Educar e Lutar.
Dentro da programação está prevista a mesa “Pensar e Fazer Saúde Sustentável: Marcadores Sociais e o Desafio da Integralidade”.
PALESTRANTES E MEDIAÇÃO
Os palestrantes serão o psicólogo e pesquisador no campo da prevenção em HIV/aids, Eduardo Araújo, o psicólogo sanitarista, Renan Rocha e o diretor do Departamento de Políticas de Desenvolvimento Sustentável, Fábio Tatsubô.
“Essa mesa é de extrema importância. Ao olharmos para a saúde por uma lente interseccional, reconhecemos as desigualdades que atravessam o nosso país. Para mim, o tema proposto representa uma oportunidade de refletirmos sobre como superá-las e promovermos a justiça social. A Semana de Saúde Pública David Capistrano nos inspira ao diálogo e à construção coletiva, é um ato de resistência em tempos de negacionismo científico e de defesa dos direitos humanos.”, afirmou Eduardo.
“Pensar numa atuação antimanicomial e antirracista na Saúde Mental pressupõe uma mudança paradigmática radical entre as trabalhadoras e trabalhadores, na medida em que, sem uma revisitação de nossas práticas tradicionais e sem uma problematização da base étnico-racial (por muitíssimas vezes, racistas) presentes em nossas teorias e técnicas, não será possível assumir uma postura crítica diante do problema em voga”, ressaltou Renan.
A mediação ficará por conta do terapeuta ocupacional e docente universitário, Victor Medeiros, que fará a abertura, introduzirá o tema e coordenará o debate final em interação com o público, destacando experiências e desafios na promoção de um cuidado equânime e humanizado no SUS.
“Para se manter vivo e ser melhor, o SUS precisa de mais luta, de seus trabalhadores e usuários, principalmente. Assim, acredito que seja necessário o debate sobre os marcadores sociais (cor, gênero, orientação sexual, presença ou não de deficiência) e suas intersecções e relação com um mundo sustentável. Essas ideias parecem distantes, mas podem convergir no rumo da justiça social e no enfrentamento às desigualdades”, finalizou Victor.


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