A CLI – Corredor Logística e Infraestrutura – está implementando um Plano de Descarbonização que abrange suas operações no Porto de Santos (SP) e no Porto de Itaqui (MA), além de seu escritório administrativo em São Paulo. O plano, aprovado pelo Conselho de Administração da empresa em setembro de 2024, inclui escopos 1, 2 e 3, prevê meta de curto prazo para redução de 59% nas emissões de carbono até 2034, e de longo prazo, com redução de 90% até 2050, comparado aos níveis de 2023.
A CLI investirá R$ 25 milhões ao longo dos próximos 16 anos para tornar suas operações mais sustentáveis e eficientes. As ações incluem o uso de 100% de energia limpa e renovável nos terminais, a reciclagem de fluidos de ar-condicionado, a substituição de veículos leves por modelos movidos a etanol e a eletrificação de equipamentos operacionais. A modernização do terminal de Santos também está sendo estruturada com foco na eficiência e na responsabilidade ambiental.
O plano será submetido ao Science Based Targets initiative (SBTi), com previsão de formalização em 2025. A CLI adotará metas claras e fará o monitoramento contínuo do progresso, garantindo que as ações sejam ajustadas conforme necessário para atingir os objetivos de longo prazo.
Denise Batista, gerente das áreas de Relações com Investidores e ESG, reforça a necessidade de colaboração entre os vários setores nessa jornada: “Para atingirmos nossas metas de descarbonização, não basta a atuação direta da CLI. Esse é um esforço coletivo que envolve nossos colaboradores, clientes e fornecedores. Estamos trabalhando intensamente na conscientização e articulação com todos os membros da nossa cadeia de atuação, de forma a garantir que as práticas sustentáveis sejam multiplicadas e tragam resultados mais amplos. Esse trabalho conjunto é essencial para maximizar o impacto positivo que queremos gerar.”
Além da descarbonização, a CLI reforça seu compromisso com as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança). A empresa também é signatária do Manifesto ESG da Autoridade Portuária de Santos e membro nato da Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos, promovida pela EMAP.
Também é membro do Pacto Global da ONU e da RTRS, e possui certificações ISO 9001, 14001, 45001, GMP+, GPTW, além de estar classificada no GRESB, que avalia o desempenho ambiental, social e de governança de empresas do setor de infraestrutura, além de apoiar o Programa Na Mão Certa, iniciativa da organização Childhood Brasil para enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes.
O primeiro Relatório de Sustentabilidade da CLI, lançado este ano, marca um passo importante na jornada de transparência da empresa, reforçando seu compromisso com práticas responsáveis e integradas nas dimensões ambiental, social e de governança.
Mais espaço para mulheres na operação portuária
A CLI vem promovendo também uma transformação em suas operações ao aumentar a presença de mulheres em funções tradicionalmente ocupadas por homens no setor portuário. O resultado deste esforço já é visível: atualmente, 36% das novas contratações para vagas que não exigem força física são ocupadas por mulheres, superando a meta inicial de 30%. Na área administrativa, as mulheres já ocupam 67% das vagas.
De acordo com Thiago Pereira, gerente de Gestão de Pessoas e Saúde da CLI, essas iniciativas reforçam o compromisso com a humanização e a transformação do trabalho em um ambiente plural. “Estamos criando um espaço mais inclusivo e acolhedor, que valoriza as diferentes contribuições,”, afirma.
Iniciativas como o programa afirmativo de aprendizagem, que conta com 80% de participação feminina, e a criação de condições de trabalho adaptadas, incluindo oferta de capacitação, adequação das estruturas de banheiros e vestiários, têm sido fundamentais para viabilizar um novo ambiente. Além disso, programas como o Bebê CLI, voltado para o acompanhamento da saúde na gravidez e na primeira infância, ajudam a viabilizar a maternidade e carreira para as novas mamães.
Para Hevellyn Rauanny, que iniciou na CLI em 2023 como aprendiz e é a primeira mecânica de Manutenção no terminal de Santos, essa abertura para mulheres reflete um espaço acolhedor e sem preconceitos. “Tenho sido tratada com muito profissionalismo pelos meus colegas, e isso mostra que a CLI está quebrando tabus no setor portuário”, comenta.
Essa mudança de paradigma não apenas transforma a CLI, mas também influencia positivamente as relações de trabalho no setor portuário como um todo. A Empresa segue determinada a continuar aumentando a participação feminina e criar mais oportunidades em suas operações.
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